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Crônica: Um dia comum




O que é um dia comum para você? Aquele em que acordamos no mesmo horário, banho, café, trabalho, almoço, mais trabalho, volta para casa, mercado, janta e cama? Pois um dia comum na Educação Infantil precisa necessariamente envolver um trilhão de eventos.

Desde “Prô perdi minha agenda, até, o tão recorrente, “fiz na calça”, perpassando pelo choro descontrolado, pelo tombo já previsto, pelo rompimento com a melhor amiga, e é claro sem esquecer dos tão usados: “Prô te amo!” e “Vou contar pra Prô!” esse último disparado é o bordão mais usado em nossas tardes. Meu Deus, como poderia esquecer do “Ô prô!”que se gastasse já estaria extinto desde que eu cursei a Educação Infantil, que ainda se chamava Prézinho.

E falando sobre o “Ô prô”, essa sim é uma expressão ambivalente, quase como o nosso tão querido Bah!. Porque ele serve para o conflito vivido, o acidente não entendido, a disputa não resolvida, a frustração não assimilada, a memória a ser dividida, o carinho a ser dado, enfim, para quase tudo que se passa em uma aula com os pequenos. Cuidado, se um professor de Educação não ouvir essa frase durante a aula, fique alerta! Podem ter trocado seus alunos por atores anões ou por robôs em fase de teste. Questione sua coordenação!

Outra situação comum na Educação Infantil é que ela sempre é uma sucursal de enfermaria. Criança adora um curativo, mas entendam bem, elas gostam só do curativo, de se machucar não gostam nadinha. Sempre consigo perceber quando um dos


meus, está prestes a achar um machucado, e é realmente achar, porque elas procuram, geralmente nas mãos, e Deus me livre, não darmos atenção ao acontecimento.



Aprendi com o tempo que essa é apenas uma maneira simples que a criança encontra de ganhar uma atençãozinha extra. Poxa, e quem não gosta, não é mesmo! Portanto, viva o curativo!


Taini Grisa Moreira

Mais conhecida como Prô!


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